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Sobre Budapeste, com amor

11 de janeiro de 2018

Budapeste era a última escala das férias de 2016, depois de Varsóvia e Cracóvia. Quando cheguei lá, me apaixonei perdidamente. Que lugar mais lindo!!! Da janela do quarto, eu podia ver o Parlamento e os barcos passeando pelo rio. Um pouco adiante, estava a Ponte das Correntes, outro cartão postal da cidade. Gostei tanto que voltei para lá já no ano seguinte – este post unifica as duas viagens para “fins didáticos”. 😉

https://www.artotels.com/budapest-hotel-hu-h-1011/hunbuart/hotel

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Passei boa parte do meu tempo lá admirando essa lindeza toda, sem pressa, em restaurantes com mesa na calçada, saboreando uma taça dos deliciosos vinhos húngaros. A outra parte do tempo eu passei andando – e muito – para conhecer a cidade. Ou melhor, as cidades. Explico: de um lado do rio (onde estava o meu hotel), fica Buda, a região medieval. Do outro, fica Pest, onde estão o Parlamento, muitas lojas e parques. Juntando, temos Budapest – para pronunciar corretamente, basta lançar mão do sotaque carioca e puxar bem (bem mesmo) a letra S, com som de X (Budapexxxxxxxxt 😊).

Aliás, o nome da cidade foi a única coisa que consegui aprender a falar em húngaro. Sério, nem bom dia, nem obrigada. Aquela sopa de consoantes era linda de ouvir, mas impossível de pronunciar. Outra encrenca foi a moeda local, o florim. Cada euro compra vários florins, e a conta na moeda local sempre vem na casa dos milhares, mesmo que você tenha comprado apenas uma água e um sorvete. Foram vários “mini ataques do coração” até entender a conversão e parar de achar que teria de vender um rim para pagar as contas. Bem pelo contrário, os preços lá são bem bons. #ficaadica #partiubudapeste #vailogo #táesperandoquê

Assim como em Varsóvia, lá também fiz um free walking tour para reconhecer o terreno. Recomendo muito esse tipo de tour, pois você conhece a cidade, recebe informações muito úteis e ainda faz amigos. #ficaadicadenovo #caminhandoeconversando

Explorar o lado de Buda é mais puxado, porque as atrações ficam todas morro acima. Cansa, mas a vista deslumbrante compensa o esforço. Dada a lindeza saltitante da cidade, fui novamente possuída pela louca das selfies – andava um pouquinho, parava para tomar fôlego, olhava para a vista, ficava ainda mais sem fôlego, tirava uma (ok, várias) fotos e seguia o baile em direção ao Castelo de Buda, que já foi residência de reis húngaros.

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O castelo foi destruído durante a Segunda Guerra. Hoje, reconstruído, é Patrimônio da Humanidade. De lá, se tem as vistas mais deslumbrantes de Pest. É possível visitar o castelo, mas optei apenas por passear do lado de fora e apreciar aquele visual de vários ângulos.

Perto dali, fica a deslumbrante (esse é um post redundante em elogios, sorry) Igreja de São Mathias, gótica e linda (tipo, muito) por dentro e por fora. Os telhados de cerâmica colorida, típicos da Hungria, fazem um contraste lindo com o branco da fachada. Ah, para entrar, tem de pagar. A entrada custa alguns mil dinheiros húngaros, mas bem menos que um rim – vale a pena!

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Duas dicas de restaurantes nos arredores da igreja, caso a fome bata (em mim, ela sempre bate, e sem dó): o Arany Hordó, com mesas na calçada e comida típica (foi lá que tirei a foto da igreja refletida na taça de vinho) e o Jamie’s Italian. Já que tocamos no assunto comida (muito amor), aproveito e conto que o prato típico de lá é o goulash – em sua versão húngara, uma sopa de carne, batata, cenoura e páprica, tempero bastante usado por lá. Bem gostoso, especialmente no frio.

http://www.aranyhordovendeglo.hu/

https://www.jamieoliver.com/italian/hungary/

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Ao lado da igreja, fica o Bastião dos Pescadores, com suas sete torres e uma (outra) vista magnífica (já usei esse adjetivo será?). Um bom lugar para tomar uma taça de vinho e recuperar o fôlego para a volta (para baixo, todo santo ajuda, amém!).

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Uma das descobertas do tour foi sobre a bebida “oficial” de lá, que eu achava que era cerveja. Mas, qual não foi minha surpresa (e felicidade) ao saber que a Hungria, apesar de pequena, tem 22 regiões produtoras de excelentes vinhos. Segundo o guia, ninguém sabe disso porque os húngaros são ótimos para produzir vinhos, mas péssimos de marketing. Eu já tinha ouvido falar do tokaji, um famoso vinho de sobremesa, mas nem sonhava que tomaria vinhos tão bons (e tão baratos) por lá! #wineloversparadise

Descobri uma wine house pertinho do hotel, com mesas na calçada e vista para o rio (oh glória), onde, além de comer super bem, pude experimentar vários vinhos locais. Na última noite da primeira viagem, fiz uma das degustações oferecidas pela casa – o sommelier trouxe um mapa das regiões produtoras e explicou de onde vinha cada vinho degustado, suas características etc. Foram dois brancos, um rosé e quatro tintos maravilhosos. Não tem como ficar melhor, certo? Errado! Acrescente a lua sobre a ponte e você vai querer ficar ali para sempre. Bem, eu quis. 😉

http://www.andante-borpatika.hu/index.php/en/

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Atravessando a Ponte das Correntes – amo pontes, e essa é uma das mais lindas que já vi –, chega-se a Pest, o lado mais agitado da cidade. É lá que fica a Basílica de Santo Estevão, um dos dois edifícios mais altos da cidade (o outro é o Parlamento). Por isso, vale a pena subir na cúpula e apreciar a vista panorâmica (elevador até um ponto, uns bons degraus depois disso).

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Na Europa, é comum encontrar estátuas que, se tocadas, trazem algum tipo de boa sorte. Budapeste também tem a sua – esse simpático senhor que, ao ter a barriga tocada, traz boa sorte em assuntos relacionados a (para tudo!) comida. Quase beijei ele, para garantir, mas me contentei com a tradição. #vaique #nãocreionasbruxas

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O Parlamento fica a uma boa pernada do centro de Pest, mas a caminhada é acompanhada pelas belas vistas de Buda, do outro lado do Danúbio. Antes de chegar lá, discreto, está um importante memorial das vítimas do Holocausto – os Sapatos do Danúbio.  Os 60 sapatos esculpidos em ferro lembram os judeus que eram obrigados a se despir e tirar os sapatos antes de serem fuzilados e terem seus corpos levados pela correnteza. Triste e pungente.

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O Parlamento é impressionante, tanto por dentro quanto por fora. A visita guiada (há vários idiomas disponíveis) tem horários marcados, então ganha-se tempo se comprar o ingresso pela internet. Achei a entrada um pouco cara, mas vale a pena por tratar-se de um dos mais antigos e o segundo maior da Europa – maior do que o da Inglaterra, inclusive.

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Também ficam em Pest dois lugares imperdíveis para comer. Um deles é o tradicional Café New York. Fica bem afastado do centro de Pest (pernas para que te quero), mas sua beleza – e gostosuras – compensam a canseira. Os salões são muito requintados, e você faz suas refeições ao som de lindas (eita, acho que já usei esse adjetivo) músicas tocadas ao piano.

http://www.newyorkcafe.hu/main-page.html?lang=en

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O outro lugar é o pequenino Comme Chez Soi, listado no Trip Advisor como o melhor restaurante de Budapeste. Ao ler os vários elogios à comida (italiana/mediterrânea) e ao atendimento carinhoso que o dono, o Roberto, dava aos clientes, tentei reservar uma mesa na primeira viagem, mas não consegui, mesmo com três meses de antecedência. Da segunda vez, com cinco meses antes de embarcar, garanti a reserva. O lugar é bem pequeno mesmo, mas aconchegante. O Roberto recebe os clientes com muito carinho, incluindo entradinhas e sobremesas como cortesia. Comida maravilhosa, vinho (local, of course!) idem. Um lugar que merece a fama. Algumas pessoas tentam conseguir mesa sem reserva, mas é bem difícil. Então, se for para lá, vale reservar. #ficaadica3 #temqueir #nhamiiiii

http://www.commechezsoi.hu/index2.html

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Por último, mas não menos importante, um programa imperdível – o passeio de barco pelo Danúbio. Na primeira viagem, fiz um de manhã e outro no fim do dia, para ver o pôr-do-sol e as luzes da cidade ascendendo. Na segunda, passeio noturno com jantar harmonizado com vinhos húngaros. Em todas elas, o mesmo encantamento ao ver a linda cidade enquanto o barco desliza pelo rio. Muitos suspiros, muitas fotos, muito amor.

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Budapeste é um lugar para se apreciar a beleza da vida sem pressa, saboreando cada momento. Me apaixonei quando conheci, virou amor quando reencontrei. Se volto de novo? Bom, deixarei a dúvida no ar: sim ou com certeza? 😉

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